Correio Central
Voltar Notícia publicada em 12/04/2022

Comissão de mães e pais de Nova União tem audiência no MP em Ouro Preto do Oeste

Os pais vieram à Promotoria de Justiça reclamar do fechamento do turno escolar vespertino. Há um único turno escolar matutino, de alunos do pré-escolar ao 9º ano,

Na última quinta-feira (7/04), representantes de pais, mães e responsáveis por alunos da Escola Municipal Polo Paulo Freire, localizada no Assentamento Palmares, município de Nova União/RO compareceram ao Ministério Público Estadual, na Promotoria de Justiça da Comarca de Ouro Preto do Oeste para protocolar um documento assinado pela comunidade escolar apresentando os impactos causados em função do fechamento do turno escolar vespertino na Paulo Freire.

A comissão de pais e mães foram recebidos pela Dra. Jovilhiana Orrigo Ayricke e equipe de assessoria. Durante a reunião, fora informado os andamentos de procedimentos instaurados pelo Ministério Público acerca da situação de fechamento de turno escolar e demais apontamentos.

Durante a reunião, avaliada como produtiva, pais e mães de alunos expuseram sobre os impactos causados na comunidade com o fechamento do turno.

A comunidade classifica este ato de fechamento do turno escolar praticado pela Secretaria Municipal de Educação-SEMECET, com o aval do Prefeito Srº João José de Oliveira (João Levi) uma afronta à realidade e especificidades da comunidade local, do campo, com graves violações ao direito à educação.

A comissão apresentou via documento protocolado no MP queixas quanto a decisão repentina da SEMECET de fechar o turno escolar vespertino, colocando em um único turno escolar matutino, alunos do pré-escolar ao 9º ano,

Tendo turmas com quase 40 alunos e entre estes, alunos com necessidades especiais e ainda fechamento da biblioteca da escola e da sala de recursos multifuncionais que atendia no contra turno os alunos com necessidades especiais. Além de formar salas multisseriadas – agrupando turmas.

Diante dos transtornos causados pela pandemia no aprendizado das crianças e adolescentes, após 2 (dois) anos de aulas remotas, o Conselho da comunidade escolar considera as medidas tomadas pela SEMECET/Prefeitura um retrocesso educacional a considerar que os alunos retornaram com uma defasagem de ensino a ser sanada e que requer maior atenção e tempo individual a eles para suprir as lacunas de aprendizagem existente o que não será possível caso mantenham as condições hora estabelecidas ao fechamento de um turno escolar.

Não é de hoje que se denuncia o desmonte da educação no município de Nova União e no momento há um agravante maior.

Diante da situação pedagógica da retomada das aulas, a comunidade escolar tem reclamado da necessidade de construir alternativas para superar as perdas no aprendizado no período da pandemia, formas de recuperar o tempo perdido.

No lugar disso, pelo segundo ano consecutivo a administração municipal busca atacar a organização de escolas, tentando prejudicar a comunidade a exemplo do que ocorreu no ano de 2021 na escola municipal Manoel Francisco.

Durante a reunião, os representantes do conselho escolar reafirmaram o compromisso de seguir lutando pela defesa da educação de qualidade e contra todo e qualquer retrocesso.

Imagens: arquivo comissão de mães e pais de Nova União-RO

Fonte: www.correiocentralro.com.br

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