A família do goiano Elzo da Silva Oliveira, de 35 anos, tenta trazer o corpo dele de Richmond, cidade na Califórnia (EUA), para Campinorte, no norte de Goiás, para ser velado e enterrado junto aos parentes. Mãe dele, Djanira Souza não se conforma com a perda do filho.
Djanira disse que Elzo se mudou há cerca de oito meses para o exterior e estava vivendo em Daly City, ao lado de São Francisco. Ele deixa três filhos: um menino de 13 anos, uma menina de 10 e uma bebê de um ano e meio.
A Assessoria de Assuntos Internacionais em Goiás informou que já foi contactada pela família do goiano e passou as informações de que precisa para entrar com um processo e ajudar nesse transporte.
“Entramos em contato com o órgão e eles disseram que, normalmente, cobrem apenas o traslado das cinzas, que para trazer o corpo tem que ser feito de forma particular, que está custando cerca de US$ 35 mil”, explicou o advogado que está assistindo a família, Augusto Guimarães.
O g1 tentou contato com o Itamaraty e o Consulado do Brasil em São Francisco, por e-mail, às 15h52 desta quarta-feira (2), e aguarda retorno para saber se têm alguma informação sobre o caso e qual assistência poderiam prestar.
Amigo de Elzo, Robson de Avila foi quem deu a triste notícia a Djanira. Ele e outras pessoas que conheciam o goiano descobriram, na quinta-feira (25), que Elzo havia morrido e criaram uma vaquinha online para tentar arrecadar o valor necessário para o transporte do corpo.
Robson contou que Elzo deu notícias pela última vez em 20 de fevereiro, um domingo.
“No dia anterior, ele saiu para tomar uma cerveja. […] De madrugada, ele parou de responder mensagem, atender ligação. Eu fui ligando em hospitais, necrotérios, até que outro amigo, com a placa do carro, descobriu que ele havia morrido”, contou.
Segundo Robson, a polícia local contou que Elzo teria passado mal em um quarto de motel em Richmond (uma cidade a cerca de 30 km de onde ele morava), a emergência foi chamada, mas ele morreu a caminho de hospital.
Robson disse que, segundo os investigaodres, a causa da morte ainda não foi esclarecida e os laudos da autopsia podem levar até três meses para ficarem prontos.
O g1 tentou contato com a polícia de Richmond por telefone na tarde desta quarta-feira, mas não conseguiu localizar o investigador responsável para saber mais detalhes sobre o caso.
Por Vanessa Martins, g1 Goiás
Fonte: g1 Goiás