Ouro Preto (RO) - homem que matou idosa de 69 anos a pauladas está foragido da Justiça

O pedreiro Antônio Camilo da Silva, 65 anos, autor do homicídio qualificado praticado contra Iracema Antunes da Costa, de 69 anos, na noite do dia 9 de setembro, que assumiu o bárbaro crime no dia seguinte, e havia se comprometido a se apresentar à Polícia Judiciária, não foi mais localizado após a expedição do mandado de prisão preventiva contra ele.

O mandado foi expedido no dia 13 de setembro pelo juiz Carlos Roberto Rosa Burck, titular da Vara criminal da comarca de Ouro Preto do Oeste: “Mantém-se a prisão do paciente que demonstra periculosidade incompatível com a liberdade revelada pelo modus operandi com que a priori praticou o delito, sendo insuficiente a aplicação de medidas cautelares alternativas. Eventuais condições subjetivas favoráveis, por si só, seriam insuficientes para autorizar a concessão da liberdade provisória, se presentes os motivos que autorizam o decreto da prisão preventiva”.  

No dia 09 de setembro a senhora iracema Antunes da Costa foi encontrada morta em sua residência localizada na Rua Sebastião Cabral de Souza, com sangramento na cabeça.

A Polícia Civil foi acionada e imediatamente se dirigiu ao local para coleta de elementos informativos, e verificou-se que a vítima morava sozinha em uma casa que fica no mesmo terreno do seu filho, e que a mesma tinha um caso amoroso com a pessoa de Antônio Camilo.

O idoso se apresentou espontaneamente na Delegacia Civil no outro dia após o crime e, em depoimento, afirmou que nutria uma paixão muito forte por Iracema, e assumiu que seu desejo era matar, sem dar chance a vítima:     

“Foram três pauladas na cabeça. Na primeira paulada ela já caiu no sofá desacordada. Dei mais duas pauladas porque achei que ela poderia escapar. Eu queria matá-la. Matei ela por conta dessas humilhações. Foi humilhação demais que passei na minha vida”, afirmou o idoso em depoimento.

No seu despacho, o juiz Carlos Rosa Burck justificou a prisão pelo fato de “o crime ser doloso e punido com pena privativa de liberdade máxima superior a 04 (quatro) anos e o agente ser reincidente”.

O juiz também citou que o crime envolve violência doméstica e familiar contra a mulher, no caso uma idoso com quase 70 anos, e que “há fortes indícios de que o crime foi perpetrado contra Iracema em virtude da condição de seu gênero, visto que executado no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, dada a relação de afeto e intimidade que existia entre a vítima e o representado”.

Um parente próximo da vítima, esclareceu em depoimento que Iracema já havia sido agredida fisicamente por Antônio Camilo e que "eles brigavam muito, pois Antônio era muito ignorante e xingava ela costumeiramente,".

Não havia sinais da prática de crime de roubo ou furto na residência. Outra testemunha, genro da vítima, afirmou que o relacionamento do casal era conturbado e que Antônio já havia agredido Iracema em outra ocasião, por ser muito ciumento e ignorante.

Outro destaque relatado no pedido de prisão preventiva apresentado ao juiz pelo delegado Niki ALves Locatelli, foi de um dos filhos do autor do crime, relatar em depoimento que logo depois dos fatos encontrou seu pai muito nervoso e atordoado, o qual dizia que tinha feito 'merda' e precisava 'sair', mas sem falar o que era.

O juiz Carlos Rosa Burck pontuou que “ao que tudo indica, no dia do crime Antônio teria ido à casa de Iracema, feito a janta para o casal e, por motivo ainda não esclarecido, teria matado a vítima à paulada”.

Qualquer informação que leve ao paradeiro do pedreiro Antônio Camilo pode ser remetida para a Delegacia de Polícia Civil em Ouro Preto, no número 69 3461-2355; no disque denúncia da PC, pelo 197, ou no quartel da Polícia Militar mais próximo.