Sob ameaças, mãe de Laryssa e filhas deixam Ouro Preto do Oeste às pressas

A mãe da adolescente Laryssa Victória, estudante de 17 anos cruelmente assassinada em 19 de março na Estância Turística Ouro Preto do Oeste, no Residencial Colina Park, em um dos crimes mais bárbaros e repugnante da história do município, foi embora da cidade e deixou o estado de Rondônia, ela e suas duas filhas partiram na manhã de sábado para estado e cidade não divulgados.

O assassino confesso, Ronaldo dos Santos Lira, o Fronteira, 36 anos, está preso desde a noite após o corpo da menor ser encontrado pela polícia na casa dele. De maneira que, a polícia procura pelo suspeito (a) de fazer as ameaças com base nas declarações da mãe de Laryssa, ou de um provável autor que agiu por conta própria com a intenção de fazer julgamento moral contra a mulher devido a citação em reportagens e postagens aleatórias feitas nas redes sociais após a morte da menor.

O primeiro bilhete deixado tinha a frase “parabéns você é uma mulher muito corajosa”. O outro, escrito em uma folha de caderno com letras garrafais e erro ortográfico com a seguinte mensagem: “SUA ‘ORA’ DE ‘MORRE’ VAI ‘CHEGA’.

Não apenas a mãe de Laryssa, como também o pai e familiares, vem sofrendo muito devido a repercussão do caso, do grau de crueldade pelo qual a adolescente passou e a exposição de todos perante a sociedade.

O delegado responsável pela investigação comentou sobre a repercussão gerada nas redes sociais onde pessoas atribuíram culpabilidade a mãe, houve quem criticou os pais pelo fato de a adolescente estar nas ruas.

“Isso machucou muito eles, a gente sabe que o único culpado desse crime realmente é o Ronaldo. Já não basta o sofrimento e há pessoas que ainda partem pra esse lado. Não é fácil, a situação deles é muito triste e eles precisam é de ajuda”, lamentou doutor Niki.   

A mãe da adolescente recebeu dois bilhetes com ameaças que foram deixados no portão de sua residência, que fica localizada na Rua Mario Andreazza, no Jardim Aeroporto. Ela registrou ocorrência policial sobre as ameaças e relatou na Delegacia Civil as datas em que as mensagens chegaram à sua casa.

A polícia investiga as ameaças, a equipe de investigação designada pelo delegado Niki Alves Locatelli avança na investigação. O primeiro passo dos investigadores foi o de fazer a coleta de imagens de câmeras de monitoramento nas ruas adjacentes a da casa onde a mãe de Laryssa morava.

A Rua Mario Andreazza começa na Avenida Gonçalves Dias e termina na Rua Maria Mazarelo. Quem deixou os bilhetes na casa teve duas alternativas de acesso e imagens podem auxiliar a polícia a identificar o autor da covardia praticada contra uma mulher e duas filhas que acabaram indo embora da cidade.