Correio Central
Voltar Notícia publicada em 01/06/2021

Mais de R$ 1 milhão em golpes foram registrados em 2021 na delegacia de Ouro Preto do Oeste

Os criminosos se utilizam do sentimento da ambição ou ganância para pressionar as vítimas a realizaram o negócio.

A Polícia Civil, através da delegacia de Ouro Preto do Oeste/RO, computou mais de um milhão de reais em prejuízo de vítimas de crime de estelionato somente no ano de 2021, todos moradores da região de Ouro Preto do Oeste, conforme detalha o delegado Niki Alves Locatelli.

“Crimes de estelionato tem sido cada vez mais comum e se materializam das mais variadas formas. O intuito da Polícia Civil é orientar a população para que não caiam em golpes, pois a identificação e recuperação do dinheiro é muito difícil”, esclarece o delegado Niki Alves Locatelli.

O grande equívoco ocorre no momento de efetuar o pagamento, onde a vítima realiza a transferência ou depósito em conta bancária pertencente a outra pessoa que não é dono da conta.

Para não cair em golpes o delegado explica que a vítima deve confirmar a propriedade do bem junto ao DETRAN, Cartório de Imóveis e outros cadastros públicos, efetuando o pagamento somente para a pessoa cuja coisa esteja registrada em seu nome. Caso haja solicitação para pagamento em conta de terceiro, a orientação é para que seja realizado um contrato onde o proprietário autoriza o pagamento em outra conta.

Não confiem apenas nos documentos apresentados. Dirijam-se aos órgãos públicos para confirmação da autenticidade e propriedade do bem.

Não acreditem em comprovantes de transferências encaminhadas via internet, sem antes confirmar se o saldo está na conta, pois muitas das vezes o golpista encaminha TED’s ou DOC’s falsos, especialmente após o expediente bancário e fim de semana.

Evitem realizar empréstimos bancários por telefone ou repassar qualquer dado pessoal sem antes se dirigir a uma agência bancária física.

Não tenham pressa em realizar negociações envolvendo altos valores, seja você comprador ou vendedor. Os criminosos se utilizam do sentimento da ambição ou ganância para pressionar as vítimas a realizaram o negócio. Desconfiem!

Na dúvida, procurem ajuda profissional de advogados ou da própria polícia que tem lhe dado diariamente com golpes.

Os investigadores detalharam à reportagem os golpes mais comuns:

  1. Perfil falso de WhastApp: O criminoso adquiri um número de telefone aleatório, mas utiliza a foto de terceiro para aplicar golpes em parentes ou pessoas próximas. Sempre há uma suposta urgência na transferência.
  2. Subtração/sequestro da conta de WhastApp:   O criminoso liga para vítima se passando por alguma empresa e afirma que irá encaminhar via SMS um código de segurança, que na verdade é próprio código de segurança do WhastApp. Quando a vítima informa esse código ao criminoso, tem seu WhastApp “sequestrado” e o aplicativo fica inativo. O criminoso passa então a solicitar dinheiro para outras pessoas.
  3. “Sextosão”:  O criminoso inicia conversa com a vítima através de rede social, manda nudes e solicita nudes. Após a vítima enviar nudes, passa a extorqui-lá, ameaçando divulgar as fotos para familiares ou entrega-las à polícia, alegando que é “menor de idade” e a vítima será acusada de pedofilia.
  4. Compra e venda de veículo/imóvel: O criminoso seduz o vendedor, oferecendo pagar o preço exato ou maior pelo bem. Após “amarrar” a compra, replica o anúncio vendendo o mesmo bem por um preço abaixo de mercado, até que alguém morda a isca. Cegos pelo manto da ambição, o comprador acaba efetuando pagamento para o criminoso intermediador, ficam o comprado e vendedor a “ver navios”. O mesmo tem ocorrido em compra e venda de gado e outros bens.
  5. Falso leilão e falso seguro: Os criminosos criam sites de leilão ou de seguradoras, prometendo vender o bem por preço abaixo do de mercado. Falsificam notas fiscais, comprovantes de depósitos, bem como criam perfis falsos de WhatsApp, a fim de convencer a vítima e efetuar o pagamento.

 

Fonte: www.correiocentral.com.br

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